terça-feira, 20 de julho de 2010

Relembrando o desfile de 2009 - Parte 2


ABRE-ALAS - AQUELES MORROS

Ao chegar no Rio de Janeiro, José se tornaria Bezerra, para se distinguir de tantos josés da silva vindos do Nordeste. A alegoria representa todos os morros e favelas da capital carioca, sempre defendidos e exaltados por Bezerra em seus sambas. Nos bares, conheceu o samba de partido alto. Bezerra também tinha a vocação para ser intérprete de compositores desconhecidos. Para formar seu repertório, ia nos morros e favelas cariocas para gravar os sambas cantados nas tendas e biroscas. Com essa prática, ampliava sua rede de relações, ganhava respeitabilidade ao promover os compositores locais e formava um público independente da mídia. Por conta disso, se autoproclamava intérprete dos “verdadeiros poetas”: os cronistas da sociedade. Aparece com destaque no carro a imagem triunfal de Bezerra da Silva com um cavaco que simboliza o samba, gênero pelo qual esse grande brasileiro se consagrou e que até hoje motiva reverências à sua imagem.

A seguir, a primeira parte do abre-alas e a caricatura de Bezerra da Silva.


ALA 2 - O PREÇO DA GLÓRIA

O nome da ala é inspirado no título de um samba autobiográfico gravado por Bezerra da Silva em 1983. Após se desencantar com seu pai, passou a trabalhar como pedreiro na construção civil e como instrumentista em uma emissora de rádio. Quando ficou desempregado, penou por sete anos na metafórica rua da amargura, vagando pelas ruas como mendigo, esfarrapado, sem ter onde morar e nem o que comer. Na letra do samba “O Preço da Glória”, Bezerra canta que o preço da glória foi doloroso e cruel, pois “comeu o pão que o diabo amassou e em seguida uma taça de fel”.

Eis a fantasia da ala 2, sem pintura!


















CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA - SOU DO MORRO DO GALO

Bezerra da Silva se instalou no Morro do Cantagalo, popularmente conhecido como o Morro do Galo, que também seria sempre exaltado em seus sambas. O Cantagalo é sua referência de identidade no Rio, pois viveu lá por 20 anos. Os chapéus do mestre-sala e da porta-bandeira são ornamentados por “galos”. Já a saia da porta-bandeira reproduz o morro.

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