segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Relembrando o desfile de 2009 - Parte 4

ALA 5 - DEDO DURO: Bezerra da Silva sempre criticava os alcaguetes, ditos “dedos duros”, que delatavam à polícia as atividades fora da lei cometidas por algum amigo ou conhecido, causando a revolta na comunidade. Afinal, a lei do morro, segundo Bezerra, é “ver, ouvir e calar”. O “dedo duro” também é popularmente conhecido como “caguete”, “dedo de gesso”, “dedo de anzol”, “boca de radar”, “língua de tamanduá” e “dedo de seta”. A cor da farda é cinza por representar o atual uniforme da polícia carioca, já que a “cagüetação” dos irmãozinhos até hoje ocorre em massa.









ALA 6 (BATERIA) - SE NÃO FOSSE O SAMBA: Bezerra da Silva um dia cantou: “Se não fosse o samba, quem sabe hoje em dia eu seria do bicho / não deixou a elite me fazer marginal / e também em seguida me jogar no lixo”. São trechos da música que serviu de esquenta para a entrada da Bambas Sambario na João Jorge Trinta. O samba fez de Bezerra um homem consagrado até depois da morte, o tornando um dos expoentes mais notáveis do gênero. Nada mais justo a bateria homenagear o ritmo que tanto nos contagia.










ALA 7 (PASSISTAS) - PIRANHA: Já diria o nosso sambista: “Eu batalho a vida inteira / Pra bancar essa mulher / E ela ainda diz a todo mundo / Que eu sou um tremendo Zé Mané”. Mulher interesseira e oferecida é pejorativamente conhecida como “piranha”. Coitados do maridos que, constantemente traídos, ganhavam adornos como uma “antena de televisão” na cabeça: o famoso chifre. Por essas e outras que “piranha não dá no mar... somente na água doce se apanha”.









ALA 8 - PEGA EU QUE EU SOU LADRÃO: Primeiro grande sucesso de Bezerra da Silva, o samba “Pega Eu” conta a inusitada história de um ladrão que, ao invadir um barracão com o intuito de roubá-lo, fica traumatizado com a miséria do local. Tanto que resolve sair gritando pela rua: “Pega eu que eu sou ladrão”. O bom humor sempre prevaleceu nos sambas de Bezerra.

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